Não faz muito tempo que começamos a buscar compreender melhor a saúde mental das crianças. A indicação do acompanhamento psicológico só passou a ser considerado algo importante para o cuidado do sofrimento na infância nas três últimas décadas.
Segundo dados recentes, de 1 a 2,5% da população infantil em idade escolar apresenta sintomas relacionados ou diagnóstico de depressão infantil, o que acomete meninos e meninas, sem muita diferença. Também, segundo estes dados, a taxa de depressão tende a aumentar a partir da entrada na adolescência.
Profissionais de saúde mental qualificados, como psicólogos e psiquiatras infantis, estão preparados para reconhecer e propor formas de tratamento, e serão os melhores parceiros para acompanhar e ajudar a criança e sua família a atravessar esse período.
A forma como os sintomas são sentidos varia de criança para criança. Essa característica torna a necessidade de observação dos pais e familiares mais importante. Pensando nisso, separamos oito sintomas comuns da depressão infantil.
Um dos critérios para se atentar é a frequência deles. Se manifestarem-se com frequência, como durante dias ou semanas seguidas, podem ser sinais da depressão.
1. Falta de vontade para brincar.
2. Crise de choro. O choro ou a vontade de chorar deve ocorrer por, pelo menos, 10 dias consecutivos.
3. Ausência de apetite.
4. Medo de interagir com outras pessoas e crianças.
5. Insônia ou sono muito agitado.
6. Irritabilidade sem motivo aparente.
7. Queda no rendimento escolar.
8. Reclamação de dores corporais sem motivo aparente.
O tratamento da depressão infantil é feito através da psicoterapia. A abordagem psicológica utilizada com as crianças é a ludoterapia, que analisa padrões de comportamento e as emoções dos pequenos através do brincar. Durante as sessões, a criança engaja em múltiplas atividades lúdicas, como jogos e desenhos.
Em alguns casos, pode ser necessário aliar a o uso de medicamentos psiquiátricos para conter os sintomas mais desagradáveis. Se houver essa necessidade, os pais serão comunicados de imediato.
Somente um profissional é capaz de avaliar e diagnosticar. Os sintomas citados acima são para os pais ficarem atentos e, se necessário, procurar um profissional da saúde mental.